Arquivo para março \30\+00:00 2010

ASTRONAUTA PINGUIM & EPOPEIA

Dia 1º de abril (não é mentira) – Quinta Feira –
Eletro-Rock na GREEN LOUNGE BAR!! em Concórdia – SC.
&
Dia 03 de abril – Sábado –
ASTRONAUTA PINGUIM junta-se novamente a EPOPEIA e pousa no Hangar em Xapecó – SC.
 * De SP para o “Velho Oeste” catarinense: ASTRONAUTA PINGUIM & Trupe + banda EPOPEIA, em grande festa Psico-Electro-Rock’60-70-80’s-contemporâneo. Desta vez Pingüim vem com novidades e apetrechos a mais…
Compareçam e façam parte de algo atemporal-espacial com efeitos/defefeitos tecno-cyberpunk-psicodélicos afins…
‘Mirando el nuevo mondo!’

Franz Ferdiand. – show Porto Alegre

Tenho uma opinião sobre bandas novas e acho legal colocar isso antes de começar o texto propriamente dito. Acho legal exercitar a minha curiosidade antropológica e tentar entender como as coisas se comportam enquanto as coisas ainda estão acontecendo de preferência muito mais próximo do meu olhar e das minhas percepções. Esse texto é calcado nessas percepções a partir do show do Franz Ferdinand. Antigamente não tínhamos grandes shows acontecendo no Brasil. E o peso disso é atribuído as questões curturais. Haja visto a grande ascensão de artistas como Claudia leite (que é cover da Ivetona, que é cover da Daniela Mercury e assim por diante), e duplas sertanejas, enfim essas pessoas que contribuem para essa emburrecimento musical coletivo. Em muitos momentos o Brasil nem sequer era incluído nas grandes turnês mundiais e ficava sempre relegado ao segundo plano por causa do medo dos organizadores em ter prejuízo com os eventos de grande porte. Ficávamos sempre com as sobras, o postmortem de pseudoartistas pop, ou os revivals caça niquel de ex integrantes de ex-grandes-ainda-bandas querendo ganhar dinheiro para garantir a aposentadoria. A exemplo do que aconteceu com essa turnê do Guns (nesse sentido lê-se disco do guns e tudo o mais do guns que tem saído na mídia nos últimos anos). Quando eu uso o guns para esse exemplo é devido a proximidade dos dois shows que aconteceram e mporto alegre. E o resultado você confere nas mídias especilizadas que estiverem nos shows. A idéia não é causar polêmica porque poderia usar uma dos outros milhares de exemplos que existem por aí. Mas voltando ao assunto, é engraçado perceber como o brasileiro gosta disso. Tudo o que é ruim para o resto do mundo e só faz sucesso no Brasil. O legal é que em muitos momento e ultimamente cada vez mais estamos tendo a oportunidade de ver shows de bandas em ascensão como é o caso do Franz Ferdinand. Onde temos a oportunidade de perceber toda a energia juvenil de uma banda a plenos pulmões em inicio de carreira. E isso vem acontecendo com uma freqüência cada vez maior reforçando esse público alternativo e proporcionando grandes espetáculos musicais. Sempre naquela de me deslocar da minha cidade natal para poder ver algo nesse sentido. Fui até Porto Alegre na última quinta feira para ver o Franz Ferdinand. Não tinha comprado o ingresso, mas sabia que a procura não era muito grande. Talvez e devido aos outros shows que aconteciam muito próximos (guns entre outros) Me dirigi até o Pepsi on Stage com a intenção de comprar ingresso. Já que os ingressos antecipados que era para ser vendido antecipado antes do evento até as seis, já haviam sido recolhidos no inicio da tarde. Passei em no mínimo três pontos de vendas. Cheguei cedo. Não sei se eu estava enganado com os horários mas a Publica, banda de abertura começou o show com uma hora de atraso. Foi legal, pude assistir o primeiro show da noite com calma e sem muito acumulo de pessoas. Já vi shows deles em locais menores que eu acho que funciona muito melhor. Mas gostei do show. E o público de uma forma geral também. A banda soube colocar musicas de uma forma bacana e ir empolgando as pessoas aos poucos e no final as pessoas já respondiam aos estímulos da banda, gritando aplaudindo ou cantando. Elemento de respeito por parte do público que muitas vezes está ali para ver a atração principal mas não se importa muito com quem esta abrindo. Outro fator que pode ter facilitado foi o fato de que eles foram escolhidos através de uma votação na internete, ou seja a banda estava ali com o aval desse mesmo publico que foi antes para ver a pública. (nossa esse texto esta parecendo letra dos engenheiros) O show do Franz começou as 22:20 e durou cerca de 1:40 onde desfilaram diversos hits da banda que eram cantados de forma entusiasmada pelas cerca de quatro mil e tantas pessoas que se fizeram presentes. Um numero modesto, mas que de certa forma significativa e que reagiu de forma entusiasmada agitanto, dançando, cantando e que acabou ajudando a garantir o sucesso do espetáculos. E foram vários os momentos de interação total, vários momentos empolgantes onde todos em uníssono cantavam as letras ou faziam coros diversos em meios aos lá lá lás e chalá-lás que a banda proporciona em suas canções. Tudo no Franz Ferdidnad soa muito pop e isso ao vivo funciona melhor ainda. Tiveram os momentos surpreendentes empolgantes (mais empolgantes do que os momentos empolgantes citado anteriormente) o momento da surpresa em que todos os integrantes utilizam peças da bateria para uma intervenção percussiva tribal. O carinho é recíproco e o povo fez um coro retribuindo a surpresa. Total sintonia entre o público e a banda. O final do show foi outro ponto muito interessante. A despedida deles do palco foi exaltando os elementos eletrônicos que a banda tem e que num show ao vivo acaba sempre (ou quase sempre) relegado a segundo plano. Sim o show começou lento e foi crescendo, um hit aqui, uma musica mais agitada ali, mas sempre com a pegada rock and roll que no disco se fundo com as referencias eletrônicas oityentistas que a banda tem. Isso ao vivo soa muito mais pesado e interessante. Até porque o show começou meio acústico com os acordes da guitarra do Kaprano entoando Bite hard e terminou com uma rave ensandecida e psicodélica. Pouco a pouco cada integrante se despedia e no final mesmo, voltaram para se despedir e agradecer o público.

O show em si foi muito bacana e mostrou uma banda madura, que sabe tocar para públicos maiores e lida muito bom com todos os esquemas que esse novo rock proporciona. Sem pose ou estrelismos Alex Kapranos sempre muito simpático foi conquistando o público desde os primeiros momentos, hora falando em português, hora agitando muito, hora simplesmente fazendo o que tem de ser feito no show de rock. E todos eles ao vivo são muito bons músicos. O som nem sempre ajuda, mas já tinha visto shows naquele local e até achei o som legal. As minhas constatações são simples. Não sei se eu gostaria de vê-los daqui a vinte anos. O legal é poder desfrutar disso que foi o show em Porto Alegre. É a 4ª vez que ele vem até o Brasil, mas a primeira numa turnê somente deles. E isso faz uma diferença; tu via eles empolgados com a situação e fazendo de tudo para proporcionar ao público o melhor. Muito diferente de bandas como o Oasis (para citar outro exemplo) que ao meu ver representa bem essa antagonia em relação a idéia de banda nova (com tudo o que eu citei acima) versus banda velha fazendo show para cumprir tabela, cansado, sem os integrantes originais. Não é a toa que acabou logo após a última turnê, últimos suspiros de uma banda que já deu o que tinha que dar. E que não estava nem ai pra nada. O Franz ao contrário é uma banda que tem tudo para mostrar e mostrou.

Pepsi On Stage, Porto Alegre – 18/03/2010

01. Bite Hard 02. Do You Want To 03. Tell Her Tonight 04. Can’t Stop Feeling 05. No You Girls 06. The Dark Of The Matinée 07. This Boy 08. Walk Away 09. What She Came For 10. Take Me Out 11. Ulysses 12. Turn It On 13. The Fallen 14. 40 Ft 15. Michael 16. Outsiders Bis: 17. Jacqueline (trecho – só o Alex) 18. Darts Of Pleasure 19. Van Tango 20. This Fire 21. Lucid Dreams


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