Arquivo para setembro \25\+00:00 2010

BANDA REPOLHO DISCOGRAFIA – Links para download

01 – Repolho Vol 1

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02 – Repolho Vol 2

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03 – Repolho Vol 3

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04 – Repolho Vol 4

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Repolho – Sorria Meu Bem (ver. Compacto)

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Banda Repolho participação em coletâneas.

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Repolho single vol 1,5

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 Irmãos Panarotto em 2Violão e 1Balde

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Júpiter Maçã em dose dupla (em Chapecó). Parte 01

Já foi. Aconteceu no fim de semana em que Chapecó estava prestes a comemorar 93 anos de idade com o show de um tal de Luan Santana. Pois bem em contra partida a isso. Júpiter Maçã veio até a cidade para duas apresentações. Não era comemoração de nada. Foi uma boa coincidência que achei que poderia funcionar no inicio do texto. Isso porque Júpiter tem uma história bacana com a cidade. Todos os shows que ele fez aqui sempre tiveram uma repercussão legal e de certa forma foram shows marcantes na própria carreira dele e dessa vez não foi diferente. Júpiter veio até Chapecó para tocar no Premier Bier e para uma segunda apresentação pelo projeto Unocultural da Unochapecó. A idéia era simples e a parceria foi a seguinte. A titulo de facilitar os custos traríamos o Júpiter para duas apresentações. Como um dos shows seria gratuito, os dois shows teriam que ser diferentes. Propusemos isso para o Júpiter que adorou a idéia e nos proporcionou duas noites de rock, psicodelia, Cat Power, cinema entre outros. De lambuja aproveitamos para empenha-lo na gravação exclusiva de um programa de tv (estúdio A da Unowebtv – links abaixo) onde ele tocou 6 músicas no formato voz e violão e mais um vídeo clip para o próximo single dele intitulado Urban Blue ou Gotic Love. Júpiter que chegou em Chapecó na manhã de sábado não parou. Foi um intenso final de semana extremamente produtivo.

Conversamos fim do ano passado em São Paulo, um bate papo descontraído e atualizando as novidades ao seu respeito. Falamos muito sobre essas novas possibilidades e formatos que surgem a partir da internete. E no bate papo ele foi explicando essa nova fase. Uma fase de singles, elemento que era bastante comum na década de sessenta quando as gravadoras lançavam singles para testar determinados grupos no mercado para depois investir num álbum completo. Como a história se repete, podemos hoje facilitar as coisas e pensar em singles (que é mais fácil e rápido de gravar). Consequentemente acaba agradando o público ávido por novidades a todo instante. Quando fechar um numero x de singles lança-se o álbum. E essa é uma das idéias do Júpiter a fim de pensar as coisas de forma mais interessante e proporcionar ao publico as novidades urgentes como diria Frank Jorge. Isso sem contar que ele pode pensar singles com características diferentes e ao mesmo tempo pensar na estética do material, fotografia, videoclip etc. Tudo isso acontecendo em paralelo a criação musical. A música de Júpiter Maçã sempre apresentou esse senso estético e dessa vez ele pode se dar o luxo de pensar as coisas de forma invertida. Pode surgir a imagem para depois surgir a música e assim por diante.

Vamos aos shows…

 

O show do Premiere foi muito foda. Um verdadeiro show de rock com tudo o que se tem direito. Grandes hits, releituras de músicas dos Cascavelletes e TNT, (que funcionaram no contexto) uma banda boa e performances legais. Essa nova etapa da carreira do Júpiter é uma etapa sóbria e focada em algo que ele sempre faz questão de enfatizar, tem o apelo pop, mas tem elementos de vanguarda. Isso fica perceptível no show. Ao mesmo tempo que é extremamente agitado, dançante e possibilita ao publico cantar junto. Tem o resgate de músicas do álbum mais complexo (e incompreendido de certa forma) dele que é o Hisscivilization. As musicas ao vivo adquirem uma outra roupagem, mas não menos intensa. Mas a sacada do show é exatamente essa, mesclar elementos. Levar o publico ao delírio com os clássicos e deixar momentos mais cerebrais para dar uma relaxada (ou vice versa). Durante esse novo repertorio surpresas como a canção “Eu e Minha Ex”. Uma baita musica que é muito pouco explorada pelo Júpiter nas apresentações ao vivo e que tem um potencial sensacional. Partindo desse principio ele vai revisitando a obra, Síndrome de Pânico, a Marchinha, Beatle George, Miss Lexotan, Lugar do Caralho… todas estão ali, grandes sucessos em versões diferentes e não menos empolgantes do que as versões que estão nos discos. É impressionante como o público se delicia e canta durante todas as músicas. E o repertório Jupiteriano possibilita um show com diversos momentos extremamente pop. Depois de fazer isso e presentear o publico com o que o publico quer ouvir ele abriu espaços para momentos mais introspectivos e sensacionais onde executou novas versões para músicas do disco Hisscivilization e apresentou músicas novas como “Six Color Frenesi” e “Cerebral Sex”.

A nova formação apresenta uma banda muito boa. Essa é outra possibilidade camaleônica. Em se tratando de uma carreira solo, a cada cartada ele pode juntar novos integrantes para novos shows e novas perspectivas musicais. A banda é formada por Faraco no baixo, Julio Cascaes que retorna a banda na guitarra, Julio Sasquat (também baterista do Blackbirds e empresários do Júpiter) na bateria e Astronauta Pingüim nos teclados e moog. Com essa base sonora Júpiter fica mais a vontade como croner possibilitando uma versatilidade maior na sua performance. Ele até toca guitarra em algumas músicas, mas sem esse compromisso ele fica mais solto para dançar e interagir com o público. Uma noite legal e divertida, mas nada perto do que viria a seguir com uma apresentação totalmente insana, fantasmagórica e genial.

 

Parte 02 – O dia em que as paredes do sindicato derreteram. Literalmente.

O segundo show do Júpiter Maça foi uma organização do projeto Unocultural da Unochapecó, dos quais eu sou um dos organizadores. Foi nesse clima que surgiu a idéia de traze-lo novamente pra Chapecó. E o que poucas pessoas sabem é que muito dessas idéias do Unocultural surgiu na minha cabeça conversando com o Júpiter no final do ano passado em São Paulo. Conversávamos sobre essa possibilidades que o excesso de  mainstream nos possibilitam. Ou seja de termos autonomia em relação a obra e podemos nos possibilitar e conseqüentemente possibilitar ao publico as mais diferentes mutações dentro do contexto artístico. Nesse sentido Júpiter é explosivo. Ele é a mutação. Conversei com ele e deixei-o a vontade para explorar o segundo show da maneira que lhe conviesse. Ao meu ver, esperava algo mais intimista no sentido voz e violão ou algo do tipo, um tanto quanto João Gilberto mas ele preferiu um formato mais Talentoso. Até pedi a música no show e ele agradeceu dizendo que sabia que era talentoso. Mas na verdade o que pudemos presenciar foi muito além disso. Não foi somente intimista, foi útero total. Uma criança moderna que nos possibilitou ir além. Mesmo com a presença do Astronauta Pingüim e Julio Sasquat, Júpiter estava sozinho, desnudo e cerebral. Um mosaico. A passagem era sonora. Talvez o momento máximo da criação e espontaneidade. Poucas vezes eu pude presenciar o que eu vi acontecendo no sindicato dos bancários. Foi tudo muito surreal, ao mesmo tempo belo e cinematográfico. Pouca gente (cerca de 250 pessoas) viu mas com certeza o transe foi coletivo. Uma sintonia cósmica. Uma mistura de vários elementos. O rei esta nu gritou a criança em meio a platéia e mesmo assim não foi suficiente para acordar as pessoas. Um clima soturno e medieval, introspectivo ao extremo ora com vocais sussurrados ora com vocais operisticos. A subversão da obra proporcionou momentos insanos de puro improviso musical em contra partida as sacações do mestre no momento da criação.

Eu perguntei pra ele naquele fim de semana o que vai ser o show Júpiter e ele sempre muito associativo dizia, vai ser lindo, uma mistura de Cat Power com Velvet Underground. Eu diria mais, foi Júpiter, Apple, Maçã, Power com Blue Velvet e totalmente underground mas mainstream ao mesmo tempo. Uma experiência introspectiva, cinematográfica e única. A trilha sendo executada ao vivo e as imagens sendo relacionada por cada um ao seu modo e com as suas respectivas referencias. Ai eu me permito dizer o quão surreal foi aquilo tudo. Júpiter Maçã tocou com os olhos fechados, totalmente primitivo e instintivo, improvisando texturas. Hora encarnando um Syd Barret com uma guitarra psicodélica repetitiva, e com olhar distante, encoberto pelos óculos escuros. Hora alegre brincando com o publico presente. Uma catarse coletiva. Foi isso.

Não posso deixar de registrar a presença de Pingüim e Sasquat encobertos pela luz escura, mas presentes de forma única e interagindo totalmente com aquilo que eu poderia nominar de um experimentalismo sensorial espacial. Clegue França a mais nova dona do coração do menestrel acompanhou tudo de perto. Ensaiou toques e viradas para o baterista como um verdadeiro espelho. Totalmente imersa ia se surpreendendo com tudo juntamente com uma platéia atenta. Foi show de malabarismo. O publico suava frio e sempre atento a qualquer possível deslize do trapezista. Mas não caiu nada. Ou melhor caiu tudo. Os conceitos ficaram em frangalhos. Posso escrever qualquer coisa, e nada vai chegar perto. Posso até mostrar os vídeos. Mas nesse caso assim como em muitos outros os registros não fazem sentido. O registro é apenas uma vaga lembrança visual e sonora capturado pela lente mecânica de uma maquina fotográfica. Pensando bem vou deletar os registros. Esse show merece ficar na memória. Se um dia isso puder ser resgatado vai ser através da leitura dos cérebros presentes. Reuniríamos todos e formaríamos o mosaico multicultural mais intenso. Se fosse para resumir eu diria sem dó nem piedade: momento único. É isso que resume tudo.

Júpiter passou por uma fase um pouco complicada, mas nada como vê-lo ali viajando naquilo que ele sabe fazer de melhor que a sua arte. Ao sair do palco o público quis invadir. Foi impulsivo. Todos queriam agradece-lo ou levar um pouco pra casa. Ele olhava e ria feliz como uma criança que realiza a maior de todas as traquinagens. Viu o que eu fiz? Risos, muitos risos. De alegria.

 Vou publicar a parte 3 e 4 (talvez 5) depois.

Crédito das fotos: Yusana + Rodrigo Grau

Jupiter Maçã no Estúdio A.

Acesse os links:

http://www.unochapeco.edu.br/unowebtv/play/jupiter-maca-01

http://www.unochapeco.edu.br/unowebtv/play/jupiter-maca-02

http://www.unochapeco.edu.br/unowebtv/play/jupiter-maca-03

Pata de Elefante em Chapecó.

Novo ep Primus para donwload

De gratis na página oficial deles.

É só acessar: http://www.primusville.com/

Aproveitando a deixa. O Primus fará A sua primeira turnê sulamericana. Eles tocam em Buenos Aires no dia 03 de dezembro no Estadio Malvinas. Não tenho maiores informações, mas deve ser algo parecido com um festival. Outra atração confirmada é Mike Patton (Ex-mr. Bungle) acompanhando a banda italiana ZU.

Belle And Sebastian – disco novo – video Promocional.

Clique aqui e assista o video:

http://www.belleandsebastian.com/

http://www.omelete.com.br/musica/belle-sebastian-lanca-programa-de-tv-para-promover-novo-album/

Radiohead. Ao vivo em Praga no Brasil e no seu computador.

Recebi esse link por e-mail. Tem um show inteiro do Radiohead para download.

Acesse e confira.

http://radiohead-prague.nataly.fr/Download.html

O vídeo é um show do Radiohead dentro de uma nova estética de internete. Algo oficial que acaba oficilizado quando a própria banda autoriza esse tipo de produção. Seria um espécie de fanfic ou um botleg autorizado ou então algo de certa forma inusitado. Não é nada de novo, já vem acontecendo há algum tempo. A idéia é simples, as pessoas não vão mais nos shows para assistir, vão para gravar e fotografar com as mais diferentes possibilidades tecnológicas de bolso que surge a cada instante. As pessoas vão lá e cada uma grava com o que tiver em mãos depois reúne tudo edita e o que vemos são vários pontos de vista do publico. Pontos de vista ruins que se misturam com filmagens ruins que acabam gerando uma estética legal e que tem tudo a ver com o Radiohead e com essas novas propostas que eles vem apresentando nos últimos anos em relação a própria industria.

Já tinha sido feito no Brasil quando a banda tocou aqui. Andrews Ferreira Guedis resolveu reunir todos os trocentos vídeos que foram feitos pelo publico de forma amadora e a partir de uma edição dar uma cara para isso. Ali ele selecionava os melhores áudios e coisa e tal e ia editando o show com esses vídeos. De forma colaborativa ele foi disponibilizando esse material todo no youtube e somente depois de um tempo é que tudo estava pronto e disponível para download. O resultado pode ser visto e baixado nesse link: http://raindown.com.br/downloads/

Ao vivo em Praga.

Pois bem o troço todo virou mania e aqui nesse endereço http://radiohead-prague.nataly.fr/Download.html (o mesmo citado no inicio desse texto) tem isso também. Foi feito em Praga, mas pelo que eu entendi foi planejado desde o inicio. A Própria banda autorizou a brincadeira e disponibilizou o áudio oficial do show para ser editado o vídeo. O resultado é muito legal. Aquilo que aconteceu de forma acidental e experimental no Brasil, ali foi mais organizado tanto que o resultado pode ser visto nesse site onde tem diversas versões do show em vários tamanhos e qualidade. Lembrando que isso tudo lembra muito o projeto “Awesome; I Fuckin’ Shot That!” dos Beastie Boys que acredito ter sido o pioneiro nesse tipo de idéia. No caso dos Beastie Boys eles reuniram 50 pessoas e passaram para eles câmeras. Eles poderiam gravar da forma que eles queriam. Depois esse material foi reunido e editado. O resultado é muito legal. Na verdade isso vem se disseminando pela internete. Uma ótima alternativa para quem vê o show ter versões exclusivas disso para ver rever e relembrar os momentos vividos ao vivo.

Acesse os links:

http://raindown.com.br/downloads/

http://radiohead-prague.nataly.fr/Download.html

Escolha uma das possibilidades que fique mais adequada a sua tecnologia e boa viagem.

Videoclipe interativo do Arcade Fire:

Simplesmente sensacional.

Acesse e confira.

http://thewildernessdowntown.com/

Feriado com Róque – Cassin e Barbária em Chapecó.

Show de rock com Cassin e Barbária
Auditório do SESC de Chapecó
Dia: 07/09 às 19h
Paricipe!

Conheça a banda:

http://www.myspace.com/cassimf

http://cassimebarbaria.blogspot.com/

 

Gilmar Guerreiro + Seno + Billy the Kid e a reunião anos 80 do rock chapecoense.

  Fiquei emocionado ao ver que as pessoas entenderam a proposta do projeto Unocultural ao resgatar esses músicos compositores que fizeram história na década de 80 no oeste catarinense. O público lotou o auditório do Sindicato dos Bancários para uma noite de muitos encontros e reencontros. Muita gente daquela época que acompanhou tudo de perto, mas também um público novo, ligados a música ou não, mas que foram lá para ouvir a velha guarda do rock chapecoense cantar e contar suas histórias. Histórias de uma época onde as coisas com certeza eram mais difíceis. Não era como hoje que quem canta ou joga futebol é visto como possibilidades de ficar rico pelos pais que acabam incentivando. Naquela época ser rockeiro ou musico trazia uma carga negativa. Ainda mais em se tratando do bom e velho oeste em que as pessoas (os colonizadores) que aqui vieram e se estabeleceram, tinham em mente única e exclusivamente a idéia de que só o trabalho enobrece o homem. E foram esses rockeiros que romperam as barreiras conceituais da época e trouxeram novas perspectivas para cidade. A percepção disso tudo é muito simples, se hoje tem um movimento artístico musical voltado ao rock é graças a esses malucos que lá estavam lá desbravando o velho oeste e lutando por um espaço. Se hoje temos alternativas e possibilidades é porque em algum momento ali na década de setenta e 80 (ou um pouco antes disso) alguém pensou que podia propor uma pequena revolução. O intuito dessa noite de rock dos anos 80 era fazer esse resgate. E por isso que foram convidados essas três ilustres e ao mesmo tempo desconhecidas figuras para propor uma noite no mínimo diferente.

Gilmar Guerreiro

A expectativa toda estava voltado a presença do Gilmar Guerreiro que desde 1986 não se apresentava em Chapecó ou em qualquer outro lugar. Os ossos do oficio fizeram com que ele simplesmente abandonasse os palcos e fosse morar em Ponte Serrada. Aqui perto, mas ao mesmo tempo tão distante. Dos três, ele é o único que não se intitulava rockeiro e no show até brincou dizendo: “quando eu sair daqui e pegar o fdp que disse que eu era roqueiro e me incluiu nesse projeto”. Independente do som do Gilmar Guerreiro incluir outras possibilidades como a MPB e até mesmo a música tradicionalista ou regional, ouso dizer que sim, o seu discurso, letras e postura é rock and roll. Dos três é o que tinha o trabalho mais reconhecido na época. Nada que fosse suficiente para manter e estabelecer uma carreira artística. Os tempos eram outros e as alternativas eram escassas. Se hoje é difícil tocar e concorrer com a mídia voltada a sertanejos universitários, pagodes e afins. Imagina há 20 anos atrás. Mesmo assim ele teve um expressivo sucesso radiofônico. A música “Chimarrão” era tocada a exaustão nas rádios locais. Logo depois virou polêmica, a música foi censurada e isso tornou a música muito mais conhecida.  Lógico que estamos falando de explosões regionais. Nada que pudesse respingar ou gerar o status necessário para mantê-lo na carreira artística. Coincidentemente foi depois disso que ele abandonou os palcos assumiu a carreira de advogado e desde então se apresentava somente em rodas de amigos. Foi numa dessas rodas de amigos cerca de dois anos atrás que eu vi todos eles reunidos na cada da dona Iracema (mãe do Billy) que, diga-se de passagem, estava presente no show. Até brinquei com ela perguntando o que ela estava fazendo num show de rock e ela sempre muito simpática respondeu que o filho dela ia se apresentar e ela estava ali para ver. Junto com mais duas amigas agüentaram firme as quase duas horas de rock and roll. Foi a partir desse encontro que toda vez  que encontrava o Billy ou o Seno na rua sugeria a possibilidade de juntar essa galera. A oportunidade surgiu dentro de um projeto que tem essa “pretensão” de propor discussões culturais trazendo artistas de fora, mas também valorizando a cultura local apresentando sempre em contra partida as manifestações artísticas da região.

Voltando ao show do Guerreiro, ele subiu meio tímido no palco, mas aos poucos foi se soltando e fez questão de tocar várias músicas de sua autoria. Foi irônico e brincou com o publico presente, mas mostrou que ainda toca e canta como antigamente. “Eu vim aqui para dizer “como era terrível a musica dos anos 80 no que tocava a nossa parte.” Afim de enfatizar suas raízes regionais, tocou com um pala e uma bandana na cabeça e enfatizou, não estou aqui pra botar banca, eu sou é cara de pau mesmo. Com certeza uma oportunidade única.

Seno

O Seno foi quem abriu a noite. Apresentei ele dizendo que o nome da banda Repolho surgiu por causa da banda que ele tinha na década de 80 chamada A Face. Lógico que o bom humor característico do povo do oeste atribuía a banda o nome de alface. E a gente acabou brincando com isso também. Via shows da banda A Face na década de 80 e achava legal esse universo onde as pessoas acreditavam que podiam tocar suas próprias composições. O Seno dos três foi o que continuou na cidade tocando eventualmente ou se apresentando por aí em rodas de viola com os amigos ou algum evento especifico. Sempre que surgia uma oportunidade lá estava ele com o seu violão tocando suas composições. Na época foi o único que não registrou o seu trabalho em gravações e isso acaba sendo complicado porque as composições acabam se perdendo. Recentemente (cerca de uns dois ou três anos atrás) Seno reuniu uma banda formada por alguns amigos, Dinho (guitarra) e Juca (no baixo) ambos da Banda Encruzilhada, e o Zubaid na bateria, e registrou algumas dessas composições. Ainda não lançou esse material, mas esta ali com uma gravação muito legal que precisa ser divulgado de alguma forma. No show ele mesmo disse que esta numa nova fase e tocou algumas canções novas, mas fez questão de registrar a presença dos anos 80 cantando coisas daquela época e dizendo olha como a gente pensava naquela época em tom de ironia.

Billy e a Diretoria

Para encerrar noite Billy the Kid, Billygudo, Ficagna ou o Billy do velho oeste como costuma ser chamado, tocou o terror no baile acompanhado por Bellei na bateria, Avatar no baixo e Paulinho Pasqualli na guitarra e na gaita de boca. Eles fazem parte da banda diretoria que vem acompanhando o Billy nas apresentações por aí. O Billy talvez seja o mais rockeiro e dos três ele ficou afastado de Chapecó um tempo mas estava sempre por aí num intervalo de feriado e outro e sempre fazendo uma barulho com a piazada. Hoje em dia mora em Chapecó e continua tocando a fazendo suas composições. O show foi legal. Divertido pra caramba e pelo fato de ter a banda possibilitou explorar melhor alguns ritmos. E ali ele tocou uma pouco de tudo, desde Beatles até Tim Maia.  Na verdade o que eu mais senti falta no show dele, foram as composições autorais. O próprio Gilmar Guerreiro abriu o show cantando “Cantador”, uma música da composição do Billy.  Essa ele ficou devendo. Dos três é o que esta na ativa. Na época, gravou com o grupo Nozes um compacto em vinil em 1978. Depois disso fez alguns registros. Dos três foi o único que eu não vi se apresentando na década de 80 até porque ele é um pouco mais velho. Mas com certeza é um dos pilares que mobilizava essa galera e que de certa forma mobiliza até hoje. Se não fosse o Billy não sei se sairia o show. Foi ele que contatou o Guerreiro e convenceu o Seno a tocar. Fica aqui o meu agradecimento a essa galera. E que a partir disso eles comecem a pensar nisso como possibilidade de eventualmente tocar ou gravar esse material para que as futuras gerações possam ouvir e entender melhor de onde que vem essa forte relação com o rock na região.

Billy e Guerreiro depois do show


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