Selo 180: “Queremos que os audiófilos escutem nossos discos e suas cabeças explodam!” – Rodrigo Garras.
Não me considero um audiófilo, mas explodiu. Recebi (há alguns dias) pelo correio o novo vinil da Cachorro Grande. Esse é o primeiro lançamento (espero que de muito outros que virão) do Selo 180. Isso mesmo o selo tem a ideia de renovar o público interessado por musica em geral, mas principalmente pelo formato analógico do vinil. Sabemos de todos os processos que a indústria musical vem atravessando nos últimos tempos e o vinil se mostrou uma “nova” opção para música. Que ironia.
Pois bem o Selo 180 vem com uma proposta de lançamento fazendo aquilo que o Brasil talvez nem conheça direito que é o vinil com qualidade com alta fidelidade sonora. Lembro-me muito bem da péssima qualidade do vinil nacional até porque ainda tenho muitos deles. Nada era feito com o devido cuidado, a matéria prima era péssima e o cuidado com processo de qualidade praticamente inexistente. Tudo era visto pela lógica do produto. As pessoas faziam discos “flexíveis” e muitas vezes descartáveis que se deterioravam rápido e que não mantinha a fidelidade de som.
O selo 180 tem essa preocupação. Ele foi criado por um apaixonado por vinil Rodrigo Garras (aqui tem um link com a entrevista dele http://www.selo180.com/entrevista-com-rodrigo-de-andrade/) falando sobre isso. É legal ver pessoas apaixonadas pelo que fazem. E quando essas pessoas se apaixonam por coisas que a gente também gosta, fica mais legal ainda. Somos apaixonados por musica e crescemos nesse universo analógico. Pra nossa geração isso tudo talvez faça mais sentido. O Selo 180 pretende lidar de forma inteligente com a música. Com respeito ao ouvido dos consumidores. Dentro dessa linha fica tudo mais claro quando lemos a entrevista com o idealizador do selo citada acima.
O que realmente me impressiona é a surpresa que eu tive ao abrir a caixa de papelão em formato quadrado (que me lembrou muito os tempos que comprava vinil pelo correio na década de 80 – grandes lembranças). A minha surpresa maior foi quando retirei de dentro o vinil. O cuidado e atenção com que tudo foi feito é digno de grandes lançamentos. Desde o padrão de impressão e qualidade da capa ate os mínimos detalhes na identificação do tipo de produto com uma tarja numerada identificando as características técnicas (quase uma bula). Até o plástico, bastante comum na década de 80 para proteger a capa, é caprichado, resistente e bacana e vem com a marca d’água da Selo. Fica a lógica da primeira impressão. Fiquei um tempo admirando isso tudo. Ao abrir o vinil a surpresa é mais legal ainda. Comprei a edição especial colorida (no caso colorida de dourado/marrom) mas o foco aqui não é falar sobre a banda ou o disco e sim ressaltar o que esta em torno que é simplesmente impressionante. Tenho o habito de comprar discos importados e o nível desse disco da Cachorro Grande é impressionante. Fiquei minutos encantado com esse universo de novas possibilidades. Lógico, resolvi colocar o disco na vitrola para sacar se o som realmente fazia jus a toda essa dedicação. O que eu constatei, foi o melhor som com uma qualidade impecável. Admirável no mínimo. Valeu garras pelos momentos estéticos proporcionados. Vida longa ao Selo 180. E que venham os próximos lançamentos.
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